
Clima e solo
Como planta de clima quente, muito resistente à seca, pode ser plantado em áreas com 150 a 600 mm/ano chuva. Sobrevive melhor que os outros cereais em solos arenosos e de baixa fertilidade, pobres e ácidos, e não deve ser plantado em terrenos sujeitos a encharcamento. Suas raízes são volumosas e vigorosas, mas 80% delas não passam de 10.cm de profundidade no solo.
Variedades
Pesquisas do IPA deram bons resultados com as variedades IPA bulk-1 e synthetic-1. Outras boas variedades são a HB-3 e a PHB-14. No Rio Grande do Sul, foram testadas com sucesso as variedades comum RS, gahai-1, tiflate e starr.
Plantio
O milheto deve ser plantado à profundidade de 2 a 4 cm, em fileiras espaçadas de 0,8 m a 1 m, quando para a produção de grãos, ou de 0,5 m a 1 m, para forragem, com 10 a 20 plantas por metro linear. Gastam-se de 2 a 4 kg/ha sementes. As experiências no Nordeste registram plantio de janeiro a abril, conforme as chuvas, na mesma época do milho e do sorgo. Em outras regiões, o plantio é feito na primavera.
Rendimento
O ciclo do milheto, do
plantio à maturação dos órgãos, é de 70 a 90 dias. Nas condições de clima e solo do semi-árido nordestino, a produção varia de 1 000 a 2 000 kg/ha de grãos, embora em experiências com condições especiais já se tenha obtido até mais de 4 000 kg/ha. O milheto forrageiro, se ceifado corretamente, pode ser cortado diversas vezes durante uma única estação chuvosa, produzindo de 8 a 10 t/ha de massa verde, nas condições do Nordeste. No sul, há experiências de até cinco cortes durante a estação chuvosa. Os cortes são feitos quando a planta está com 0,8 a 1 m de altura, deixando-a a cerca de 10 cm do solo. Em apenas um corte, na floração, já se conseguiu 74 t/ha de massa verde. Se o corte é feito no estágio do grão pastoso, a produção de forragem é maior, mas, se cortado no estágio de emborrachamento, é mais rico em proteínas. As folhas do milheto atingem 1 m de comprimento e 5 cm de largura. Os grãos dão em espiguetas de 3,5 a 4,5 cm. O milheto pode também ser usado para o pastejo direto, soltando-se o gado quando a planta está com 80 cm de altura e retirando-o quando está com 10 a 15 cm. Mas há, com esse tipo de uso, um grande desperdício de forragem.
Consorciação
Há experiências com bons resultados de consorciação milheto/feijão-de-corda. O sistema mais produtivo foi o de filas alternadas de milheto e feijão, cada cultura ocupando 50% da área com 66 666 plantas de feijão e 83 335 de milheto por hectare.
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